O jornalista Glenn Greenwald disse que nenhuma plataforma tem a obrigação de ficar no Brasil e “ser uma arma desse regime de censura judicial”. Ele é crítico às decisões do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Para Gleen, o dono do X, Elon Musk, está dizendo que poderá sair do Brasil, assim como outras big techs, como o Google, o YouTube e o Facebook. Ele citou que o Rumble deixou o país.
O endereço de web do Rumble tem a seguinte mensagem ao usuário: “Devido às exigências do governo brasileiro para remover criadores de nossa plataforma, o Rumble está atualmente indisponível no Brasil. Estamos a desafiar estas exigências do governo e esperamos restaurar o acesso em breve”.
“Musk está apenas dizendo que prefere fechar o X no Brasil do que ser forçado a obedecer e ser um arma desse regime de censura judicial. Rumble já fez o mesmo. Nenhuma plataforma é obrigada a estar no Brasil – incluindo Google/YT e Facebook/Instagram, que poderiam fazer o mesmo”, declarou.
Um internauta respondeu: “Um jornalista defendendo a liberdade de espalhar fake news, defender golpe de estado e fechamento do STF, que vergonha”. Gleen retrucou: “A esquerda em 2017 se opôs à nomeação de Alexandre de Moraes para o STF acusando-o de ser racista, fascista e golpista. Agora não só lhe confia o poder absoluto sobre o discurso, mas exige que todos os jornalistas confiem nele para governar e nunca o questionem”.
ENTENDA O CASO
Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), compartilhou neste domingo (7.abr.2024) um vídeo em que o jornalista norte-americano Michael Shellenberger afirma que “o Brasil está à beira da ditadura nas mãos de um ministro totalitário do Supremo Tribunal Federal chamado Alexandre de Moraes”.
Na madrugada de sábado (6.abr), Musk usou o X para questionar Moraes: “Por que você determina tanta censura no Brasil?”, perguntou o empresário.
Apesar de afirmar que confrontaria a Justiça brasileira, uma nota emitida pela empresa de tecnologia 1 hora antes não corrobora essa versão. O perfil oficial do X disse que a empresa foi “forçada por decisões judiciais a bloquear determinadas contas” da rede social e que vai recorrer na Justiça.
“Não acreditamos que tais ordens estejam de acordo com o Marco Civil da Internet ou com a Constituição Federal do Brasil e contestaremos legalmente as ordens no que for possível”, disse a nota.
Assim, não ficou claro qual medida a plataforma adotará em relação aos bloqueios de perfis ordenados pela Justiça: se descumprirá as ordens judiciais, conforme defendeu Musk, ou se entrará com recurso.
Poder 360
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