terça-feira, 21 de outubro de 2025

A Bolívia se prepara para iniciar, no próximo 8 de novembro, uma nova fase política com a posse de Rodrigo Paz, eleito presidente no domingo (19) com 54,5% dos votos válidos

 A Bolívia se prepara para iniciar, no próximo 8 de novembro, uma nova fase política com a posse de Rodrigo Paz, eleito presidente no domingo (19) com 54,5% dos votos válidos. Sua vitória encerra duas décadas de governos de esquerda conduzidos pelo Movimento ao Socialismo (MAS), partido liderado por Evo Morales, e marca uma guinada de centro-direita no cenário nacional.


O senador do Partido Democrata Cristão (PDC) derrotou o ex-presidente Jorge “Tuto” Quiroga no segundo turno, consolidando uma transição política de perfil conservador. Em seu primeiro discurso após o resultado, Paz, de 58 anos, agradeceu o apoio recebido e declarou que sua gestão será fundamentada em três princípios: “Deus, pátria e família”.


“A Bolívia vive um momento de mudança e renovação”, afirmou, destacando o desejo de governar “para todos os bolivianos”.

“Sabemos que a ideologia não nos alimenta, mas sim o direito ao trabalho, instituições fortes, segurança jurídica, respeito à propriedade privada e certeza para o futuro — é para isso que queremos trabalhar”, declarou em La Paz, durante a comemoração da vitória.


Posições políticas

Rodrigo Paz se define como um político cristão, pró-vida e conservador, e afirma que pretende promover políticas públicas ancoradas em valores familiares e sociais tradicionais. Ele defende que a família formada por homem e mulher é “o pilar básico da sociedade” e que o Estado deve proteger e fortalecer esse modelo.


Contrário ao aborto, Paz sustenta que a interrupção da gravidez só deve ocorrer nos casos previstos em lei, como o estupro. Também se opõe à equiparação automática entre casamento civil e união homoafetiva, mas defende direitos civis básicos, como herança e inclusão em planos de saúde.


No campo da segurança pública, Paz adota uma postura rígida contra o narcotráfico e propõe ampliar a cooperação internacional sob supervisão da ONU para combater o crime organizado. Ele declarou que a DEA (agência antidrogas dos EUA) “nunca deixou realmente a Bolívia” e que buscará parcerias com Estados Unidos, Brasil, Europa e Ásia em ações conjuntas de combate às drogas.

Via gospel prime



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