Logo no início da oitiva, Chiquini solicitou o adiamento da sessão, argumentando que havia recebido, recentemente, um grande volume de documentos encaminhados pela Polícia Federal. Segundo ele, a análise técnica do material demandaria mais tempo, sob risco de violar o direito à ampla defesa.
Alexandre de Moraes, porém, reagiu com firmeza. Interrompeu o advogado e indeferiu o pedido, afirmando que os documentos mencionados não compõem o núcleo da denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Para o ministro, não haveria justificativa legal para adiar os depoimentos
A tensão aumentou quando Chiquini insistiu no pleito. Moraes, visivelmente irritado, voltou a intervir de maneira agressiva:
“Enquanto eu falo, o senhor fica quieto”, disparou o ministro, elevando o tom de voz diante dos presentes na Corte.
A postura de Moraes gerou reações imediatas e críticas nas redes sociais e entre juristas. A interrupção abrupta e o tom hostil direcionado ao advogado foram vistos por muitos como um grave desrespeito às prerrogativas da advocacia.
O episódio reacende o debate sobre a atuação do STF em processos políticos sensíveis e o grau de tolerância com manifestações legítimas da defesa. Para observadores, o comportamento do ministro reforça a percepção de autoritarismo por parte da Corte, especialmente em casos ligados a figuras próximas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
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