“NÃO FOMOS ORIENTADOS”
Em entrevista ao jornalismo da Jangadeiro, Danilo Martins, pai do adolescente de 16 anos assassinado em Jericoacoara, afirmou que ele e seu filho não sabiam que o gesto feito com as mãos estava associado a uma organização criminosa atuante no Ceará.
“Quando chegamos, a gente não conhecia nada. Achamos que era normal [fazer o símbolo] e, como não fomos orientados por ninguém”, relatou.
O pai da vítima expressou indignação ao falar sobre as pessoas que testemunharam seu filho sendo arrastado por sete homens e não tomaram nenhuma atitude.
“Tem vídeos de pessoas passando pelo meu filho que não gritam por socorro e nem fazem nada.” Esse momento foi registrado por câmeras de videomonitoramento da região.
Danilo disse que conheceu Jericoacoara por meio de publicações em redes sociais e afirmou não saber que a região poderia ser insegura. “Quem vai imaginar uma coisa dessas? […] Eles só divulgam as coisas bonitas, as coisas ocultas eles não mostram.”
De acordo com o pai, eles chegaram em Jericoacoara no dia 10 de dezembro e tinham retorno para Santos (SP) previsto para o dia 22, mas precisariam adiantar a data devido a questões profissionais.
A nova data seria o dia 17. No entanto, seu filho desapareceu na noite de segunda-feira (16), enquanto retornava sozinho para o hotel onde estavam hospedados. O corpo da vítima foi encontrado nesta quarta-feira (18).
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