APÓS 6 ANOS : A Polícia Federal prendeu, neste domingo (24), três suspeitos de encomendar os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes

 APÓS 6 ANOS

A Polícia Federal prendeu, neste domingo (24), três suspeitos de encomendar os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves. O crime ocorreu em março de 2018.

Os acusados são Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Chiquinho Brazão, deputado federal pelo RJ, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do RJ.

Os três foram presos de forma preventiva, após a delação premiada de Ronnie Lessa, executor do crime. De acordo com as investigações, a morte de Marielle está relacionada à expansão da milícia no Rio de Janeiro.

SAIBA QUEM SÃO: 

Domingos Brazão e Chiquinho Brazão são irmãos e pertencem a um importante grupo político do estado do Rio de Janeiro.

Além de ex-deputado, Domingos é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), cargo do qual ficou afastado depois de ser preso, em 2017, sob a acusação de receber propina de empresários.

Chiquinho Brazão é deputado federal pelo União Brasil, já foi empresário e comerciante. Já o delegado Rivaldo Barbosa era chefe da Polícia Civil à época do atentado contra Marielle Franco. Atualmente, desempenha a função de coordenador de Comunicações e Operações Policiais da instituição.

Em janeiro deste ano, Domingos Brazão afirmou que não conhecia Marielle Franco. Enquanto neste mês, após a acusação ter vazado na imprensa, Chiquinho Brazão disse estar “surpreendido pelas especulações” e destacou que mantinha um convívio “amistoso e cordial” com a vereadora.

O União Brasil vai solicitar a abertura de um processo disciplinar para expulsar o deputado da sigla.

Em nota, a família da Marielle comentou as prisões. 

“É importante não perdermos de vista que até o momento ninguém foi efetivamente responsabilizado por esse crime, entre os apontados como executores e mandantes.  Todas as prisões são preventivas e ainda há muita coisa a ser investigada e elucidada, principalmente sobre o esclarecimento das motivações de um crime tão cruel como esse. Mas, os esforços coordenados das autoridades são uma centelha de esperança para nós familiares”. 

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