segunda-feira, 17 de março de 2025

Governadora do RN Ignora Direitos dos Policiais Militares e Atrasos se Acumulam

 


A falta de compromisso do governo estadual com os direitos dos policiais militares do Rio Grande do Norte tem gerado indignação e protestos entre os profissionais da segurança pública. Denúncias apontam que a governadora não tem cumprido com suas obrigações, prejudicando diretamente os PMs, que já enfrentam condições adversas no exercício de suas funções.

Segundo informações de membros da Polícia Militar, desde dezembro de 2024, os policiais promovidos não receberam os pagamentos retroativos de suas promoções, que estão atrasados até o momento. A situação é ainda mais alarmante quando se observa que o auxílio alimentação, que deveria ser pago conforme a lei, também não foi quitado dentro do prazo legal. Este é apenas um dos diversos pontos de descaso.

Outro ponto crucial é a disparidade de tratamento entre os policiais militares e a Polícia Penal. Embora ambos desempenhem funções semelhantes, com carga horária idêntica, os PMs estão recebendo um valor menor de alimentação em comparação aos agentes da Polícia Penal, sem que haja explicação clara do governo sobre essa diferença.

Além disso, um dos maiores exemplos de injustiça e desvalorização é o fato de que a Polícia Militar do RN recebe o menor salário entre todos os órgãos estaduais de segurança pública. Enquanto isso, o Secretário de Administração do estado, responsável por gerenciar as finanças públicas, recebe um salário superior a R$ 60 mil mensais, em um claro contraste com a realidade dos policiais militares, que enfrentam condições precárias de trabalho e baixos vencimentos.

“Até hoje, nada foi pago, e o que nos preocupa é saber se o salário do mês de março também será afetado. Estamos sendo tratados com descaso, enquanto as associações da categoria, que deveriam ser nossas representantes, parecem coniventes com essa situação”, denuncia um policial militar.

A insatisfação é geral, e a falta de um posicionamento firme do governo sobre os reajustes e nivelamentos salariais tem gerado um sentimento de impotência entre os servidores. Em um momento de crise na segurança pública, a sensação é de que o governo do RN tem negligenciado os esforços daqueles que, todos os dias, arriscam suas vidas pela sociedade.

O apelo é claro: os policiais militares exigem o cumprimento da lei e a valorização de seus direitos, com a regularização dos pagamentos atrasados, a correção das disparidades em relação à Polícia Penal, e uma reestruturação salarial justa. O que se espera é uma resposta imediata das autoridades, para que a classe não precise recorrer a medidas extremas para garantir o que é seu por direito.

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