Em 2023, as perdas já eram elevadas, somando R$ 8,6 bilhões. No entanto, o crescimento das fraudes fez com que o rombo saltasse para R$ 10,1 bilhões em apenas um ano. Os golpes ocorrem principalmente por meio de canais eletrônicos, como internet banking, cartões de débito e transações via Pix.
As fraudes relacionadas ao Pix apresentaram um crescimento ainda mais expressivo. Em dois anos, os prejuízos acumulados nesta modalidade atingiram R$ 2,7 bilhões, sendo que o volume de operações fraudulentas aumentou 43% em relação a 2023.
As fraudes mais comuns envolvem clonagem de cartões, engenharia social, invasão de dispositivos e até mesmo o sequestro-relâmpago digital, quando criminosos obrigam as vítimas a realizarem transferências via Pix sob ameaça. As quadrilhas utilizam técnicas cada vez mais sofisticadas para aplicar os golpes, explorando a confiança e a desatenção dos usuários.
A Febraban reforça que a falta de leis mais rigorosas dificulta o combate a esses crimes. Atualmente, a legislação brasileira considera crimes cibernéticos como estelionato eletrônico, invasão de dispositivos e comercialização de informações vazadas. No entanto, essas práticas não são enquadradas como crimes violentos, o que impede ações mais severas por parte das autoridades.
Diante do aumento dos golpes, especialistas recomendam cuidados redobrados ao realizar transações financeiras. É essencial desconfiar de mensagens suspeitas, pois bancos e instituições financeiras nunca pedem senhas ou códigos de autenticação por telefone, e-mail ou WhatsApp. Outra medida importante é habilitar a autenticação em dois fatores, aumentando a segurança dos aplicativos bancários. Além disso, é fundamental evitar transferências para desconhecidos e sempre confirmar a identidade do destinatário antes de realizar um Pix. Monitorar transações e extratos com frequência também é indispensável, pois isso permite detectar movimentações suspeitas e denunciá-las imediatamente ao banco.
Para tentar conter a escalada das fraudes, bancos têm investido em tecnologias de segurança, como inteligência artificial para identificar transações suspeitas e bloqueios preventivos de valores transferidos. Além disso, existe um esforço conjunto entre Febraban, Banco Central e autoridades policiais para endurecer o combate às fraudes financeiras.
Apesar dessas iniciativas, a proteção começa com o próprio usuário. Informar-se sobre os golpes e adotar práticas seguras são passos fundamentais para evitar prejuízos financeiros e impedir que criminosos continuem se aproveitando da fragilidade do sistema.
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