Os presos foram identificados como José William Oliveira da Silva, de 26 anos, e Jackson Rubens Gomes Nascimento, de 30 anos. Outros dois suspeitos, identificados como Idcarlos de Souza Costa, de 30 anos, e Júlio Cesar Melo de Souza, de 23 anos. De acordo com a Polícia Civil, no momento do crime, Júlio Cesar apareceu dentro do veículo, enquanto os outros três se aproximaram de um grupo de pessoas que estavam sentadas em uma banca de revista e cometeram os disparos contra Miguel Cabral.
Segundo as investigações, Jackson Rubens, vestiu roupa preta e boné vermelho, se moveu da vítima pela frente, enquanto José William a surpreendeu por trás, efetuando diversos disparos de arma de fogo. Idcarlos e Júlio Cesar são considerados de alta periculosidade, suas localizações e capturas são fundamentais para o aprofundamento das investigações e a definição da motivação do crime.
O delegado Cláudio Henrique deu detalhes das investigações. Segundo o que foi apurado pela Polícia Civil, com base nos depoimentos dos presos, a vítima e os executores integravam grupos rivais. "Pelo que eles afirmaram, tinham grupos rivais. Um grupo seria o deles e a vítima financeiramente, de alguma forma, chefiaria um grupo rival. Por essa rivalidade, eles executaram a vítima. Nesse momento, estamos trabalhando com as denúncias dos acusados. Eles negaram qualquer filiação com facção, mas isso ainda vai ser apurado. O que eles falaram é que fizeram grupos rivais. O que isso significa ainda vamos apurar", revelou.
Segundo o delegado, o mesmo grupo está envolvido em outros assassinatos. "Nós identificamos quatro homicídios ligados a esse mesmo grupo. Já estávamos sendo investigados, já foram identificados esses outros homicídios. Quando ocorreu o crime do dia 3, contra o ex-prefeito, nós já suspeitamos pelo uso do veículo, pelas mesmas características. Foi uma questão apenas de tempo. No dia seguinte, nós recuperamos o veículo utilizado e com mais imagens conseguimos identificar os quatro, o que só veio ser corroborado com as provas periciais do Itep", contornou.
Ao ser baleado, o ex-prefeito de São Pedro mencionou que uma pessoa identificada como Pamonha seria o responsável pelo crime. O delegado descartou, inicialmente, esse envolvimento. Essa pessoa, o Pamonha, que ele se referiu, possivelmente é algum desafeto que a vítima possuía. Essa pessoa foi identificada pelos familiares, deram o nome de quem seria, mas até então não há nenhuma vinculação com os executores. Quando ele afirmou que Pamonha teria matado, imagino que seria algum desafeto. O vídeo é bem claro que ele não conseguiu ver. alvejado", detalhado.
Logo após a morte, uma prima do ex-prefeito publicou vídeos nas redes sociais ligando ele à morte do irmão dela. Além disso, a mulher celebrou o estágio trágico de Miguel Cabral. A Polícia Civil não tem acordos, até o momento, relação do grupo responsável pelo assassinato com qualquer familiar do homem morto.
"Até então, não há ligação, não consegui visualizar nenhuma ligação entre esse grupo e algum familiar da vítima. Havia uma série de homicídios. Não foi apenas aquele crime. Eles foram do estado, vieram para o estado, praticaram os crimes do dia 30, o crime contra o ex-prefeito e foram do estado novamente. Não vou dizer que está descartado, pois ainda é muito cedo, temos muitos elementos para serem explicados. Até então, não há vinculação", frisou.
De acordo com o delegado, os presos afirmaram, em depoimento, que não foram pagamentos para matar e que as desavenças com o ex-prefeito eram pessoais. "Eles afirmaram que isso partiu deles. Não foi ordem de ninguém. Eles apenas passaram, viram ele na calçada e esperaram o melhor momento para praticar o crime. Disseram que não receberam nada nem receberam ordem de ninguém", completou Cláudio Henrique.
As investigações apontaram ainda que o ex-prefeito era dono de um arsenal, que ainda não foi localizado. Miguel Cabral foi registrado como caçador. "Ele era atirador, foi registrado legalmente no Exército como atiradores e possuía nove armas de fogo. Quando questionamos os familiares, as armas deveriam estar na fazendo, que é o local que está registrado no Exército, mas ninguém sabe dizer onde essas armas se encontram", completou.
A ação contou com a participação do Departamento de Inteligência Policial (DIP), do Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A Polícia Civil do RN solicita a colaboração da população para a localização dos suspeitos. As informações podem ser repassadas, de forma anônima, por meio do Disque Denúncia 181.
Focoelho
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