sábado, 23 de novembro de 2024

A VONTADE DE PRENDER O HOMEM É GRANDE


 E BENS BLOQUEADOS


Representantes do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MPTCU) pediram à corte, nesta sexta-feira (22), a suspensão dos salários de 25 militares do Exército indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado.


Entre os militares que poderão ter o pagamento do salário suspenso estão o ex-presidente Jair Bolsonaro (capitão reformado), que recebe R$ 12,3 mil por mês, o tenente-coronel Mauro Cid (R$ 27 mil), e o general da reserva Augusto Heleno, (R$ 36,5 mil). As informações são do Jornal Jangadeiro 


Segundo o subprocurador do TCU, Lucas Furtado, a soma dos salários de todos os militares indicados é de R$ 8,8 milhões por ano. Além disso, Furtado argumenta que a suspensão deve ser realizada em prol da democracia.


"A se permitir essa situação – a continuidade do pagamento da remuneração a esses indivíduos – o Estado está despendendo recursos públicos com a remuneração de agentes que tramaram a destruição desse próprio Estado para instaurar uma ditadura", afirmou o subprocurador.


No documento também consta pedido de bloqueio de bens no montante de R$ 56 milhões de todos os 37 indiciados pela PF e o compartilhamento do inquérito, que está em segredo de justiça, com o TCU.


 "Por haver esse evidente desdobramento causal entre a trama golpista engendrada pelos 37 indiciados e os prejuízos aos cofres públicos decorrentes dos atos de destruição do patrimônio público em 8 de janeiro de 2023, que montam em R$ 56 milhões, considero que a medida cautelar também deve abranger a indisponibilidade de bens", declarou. 


De acordo com o TCU, o processo para avaliar a suspensão dos salários ainda não foi aberto.


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