Eleitores de Pedro Velho vão às urnas neste domingo pela terceira vez em menos de quatro anos

 

Imagem ilustrativa - Foto: reprodução

Os eleitores da cidade de Pedro Velho, localizada na Região Agreste do Rio Grande do Norte, retornaram às ruas neste domingo 3 para participar da terceira eleição para prefeito em menos de quatro anos, marcando um ciclo eleitoral municipal conturbado.

Essa sequência de pleitos ocorre após uma série de cassações de prefeitos e vices desde as eleições municipais de 2020.

O candidato eleito nesta eleição suplementar assumirá um mandato até o final de 2024, uma vez que em outubro deste ano haverá novas eleições municipais em todo o Brasil, seguindo o calendário eleitoral regular. Essa próxima eleição em outubro será a quarta em Pedro Velho em um período de quatro anos.

Confira os candidatos:

• João Celso Targino (MDB), 64 anos, pecuarista, concorre ao cargo de prefeito, tendo como candidata a vice-prefeita Ananilda Barbosa (PSDB).
• Júnior Balada (União Brasil), 41 anos, empresário, também concorre ao cargo de prefeito, tendo Jader Marques (União Brasil) como candidato a vice-prefeito.

O município possui mais de 11.840 eleitores, distribuídos em seis locais de votação, incluindo dois na zona rural (Cuité e Carnaúba), totalizando 41 seções eleitorais.

Operação do MPRN

Segundo a coluna de opinião do AGORA RN, publicada neste sábado 2, Pedro Velho tem vivido uma saga eleitoral sem fim. Em 2020, Dejerlane Macedo (PSDB) foi reeleita prefeita, mas posteriormente teve seu mandato cassado pela Justiça Eleitoral. Na eleição suplementar de novembro de 2022, Edna Lemos (PSB) foi eleita com 51,19%, porém, um ano depois, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN) decidiu cassar seu mandato, juntamente com o da vice-prefeita Rejane Costa (PL), por abuso de poder nas eleições suplementares.

O empresário Júnior Balada (União Brasil) concorreu ao cargo de prefeito nas três oportunidades anteriores, perdendo duas vezes e buscando agora uma vitória.

Recentemente, a população foi surpreendida pela Operação Perfídia, conduzida pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte, com o apoio da Polícia Militar. As investigações sobre o envolvimento de policiais e outros indivíduos em crimes eleitorais começaram em 2022. Há indícios de que faziam parte de uma rede para cooptar eleitores para um candidato específico, por meio de transferências bancárias. A operação também investiga a prática de financiamento ilegal de campanha.

Como resultado, quatro policiais militares suspeitos de envolvimento em crimes eleitorais foram afastados cautelarmente e estão proibidos pela Justiça de atuar no Pelotão da PM local até segunda-feira (4). Segundo o MP, as investigações indicam fortes indícios de favorecimento à campanha de um candidato a prefeito nas eleições de 2022, que estaria cometendo os mesmos ilícitos nas eleições suplementares deste ano. Em 2022, a disputa foi entre a prefeita cassada Edna e o empresário Balada.

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